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Ransomware: O Vírus de Resgate que pode acabar com Seu Negócio

Ransomware: O Vírus de Resgate que pode acabar com Seu Negócio

A complexidade dos malwares cresceu com a mesma velocidade que a tecnologia evoluiu ao longo dos últimos anos. Hoje, crackers (hackers criminosos) utilizam várias técnicas para obter acesso não autorizado a dispositivos, o que pode causar grandes prejuízos, especialmente no ambiente corporativo. Entre as ameaças que surgiram nos últimos anos, uma das principais é o ransomware.

O ransomware tem ganhado destaque pelo seu potencial destrutivo e as técnicas de ataque que são utilizadas para infectar máquinas. Diante disso, gestores de TI estão reforçando as suas políticas de segurança digital para garantir que sistemas e dados corporativos estejam protegidos contra os principais problemas que podem atingir o seu negócio.

O que é um ransomware?

O ransomware é um malware que tem como principal função criptografar ou impedir o acesso a uma grande quantidade de arquivos de um computador, sistema de dados ou até mesmo de uma rede inteira. Para que o acesso seja retomado, o vírus exige um pagamento (geralmente feito em criptomoedas, como o Bitcoin) em troca de uma senha que libera o acesso ao dispositivo. Caso o resgate não seja feito ou o usuário tente desbloquear o aparelho por força bruta, dados podem ser removidos permanentemente.

Além da ameaça de ter os dados criptografados permanentemente após um período de tempo, os criadores do malware podem utilizar outras técnicas para pressionar o pagamento do resgate. Em alguns casos, ocorre a ameaça de tornar todas as informações do usuário públicas, o que pode ser prejudicial especialmente para empresas. Há também ransomwares que sobrescrevem o registro mestre de inicialização (Master Boot Record), impedindo até mesmo a inicialização da máquina.

Como um ataque ransomware ocorre?

Os ataques ransomware estão entre os que utilizam as técnicas de ataque mais complexas do mundo digital. Em geral, esse tipo de ataque utiliza técnicas de engenharia social para ganhar a confiança do usuário, como o envio de mensagens simulando empresas e contatos com os quais a vítima possui algum tipo de relacionamento. Assim, é possível estimular o usuário a instalar um software que simula uma ferramenta confiável.

Em alguns casos, o cracker também pode utilizar sites de download de programas falsos e ferramentas de validação de softwares ilegais para obter acesso a uma máquina. Nesse caso, o usuário vai instalar ferramentas que simulam programas reais e, durante o processo, dar ao ransomware poderes de acesso administrativos, o que potencializará os potenciais prejuízos do ataque.

Uma vez que o malware comece a ser executado, ele vai criptografar todos os arquivos que forem encontrados. Alguns tipos de ransomwares são mais focalizados, atingindo apenas arquivos sensíveis ou com determinadas extensões e diretórios. Como a chave de criptografia fica armazenada externamente, reverter o processo e obter o acesso aos dados manualmente torna-se algo quase impossível.

Quais são os danos do ransomware?

Embora o ransomware seja um tipo de malware que já registrou casos em todo o planeta, algumas regiões apresentam uma probabilidade maior de serem atingidas. Países como o México, Canadá e Rússia possuem taxas de infecção que podem ser até 5 vezes maior do que a média mundial. Em todos os casos, os danos do ransomware são semelhantes, entre os quais podemos destacar:

1. Prejuízos financeiros

Para que a empresa tenha o acesso aos seus dados retomado, crackers podem exigir grandes pagamentos em dinheiro. Como o número de profissionais de TI que possuem acesso às ferramentas que podem descriptografar esses dados (e estas ainda não cobrem todos os tipos de ataque) é limitado, a vítima do ataque pode ficar refém do malware e ser obrigada a efetuar o resgate em dinheiro para ter suas informações de volta. De qualquer forma, existem muitos casos que mesmo após o pagamento do resgate, os dados não são devolvidos. Portanto não é indicado que o resgate seja pago.

2. Interrupção das atividades do negócio

Especialmente em ambientes de TI com políticas de segurança digital ineficazes, o ransomware pode ter um potencial destrutivo considerável. Como a maioria dos malwares desse tipo criptografa todos os arquivos que estão acessíveis, as chances de a empresa ter todas as suas atividades interrompidas por longos períodos é alta. Isso pode levar a prejuízos financeiros e impedir a recuperação do negócio em médio e longo prazos.

3. Perda de clientes e parceiros comerciais

Ser vítima de um ataque como o ransomware pode causar grandes prejuízos na imagem da empresa. A perda de confiabilidade de usuários e clientes na capacidade do negócio em proteger os dados de terceiros pode levar à perda de clientes, fim de parcerias comerciais e até mesmo processos judiciais.

4. Perda irreversível dos dados do negócio

Caso a empresa não possua uma política de backups ativa e um processo de gestão de riscos eficaz, as chances do ransomware conseguir causar danos irreversíveis são altas. O malware vai remover informações de clientes, histórico de vendas, arquivos protegidos por direitos autorais e uma série de informações com alto valor agregado.

Como proteger a sua empresa contra ataques de ransomware?

Apesar de não ser o malware mais comum no mundo digital, o ransomware é uma ameaça com alto potencial destrutivo e os incidentes causados por ele estão crescendo assustadoramente. Para se ter uma ideia, metade das empresas norte-americanas foi vítima de ransomware em 2016. Como em muitos casos o ataque é planejado de acordo com o perfil da vítima, é importante estar preparado para se proteger contra esse tipo de ameaça com uma política de segurança da informação sólida e confiável. Dessa forma, a empresa poderá reduzir drasticamente os riscos de uma máquina ser infectada por algum tipo de ransomware.

Ter um Backup Profissional em Nuvem é a primeira parte do processo que tornará a empresa mais protegida. O Backup em nuvem será como um “seguro” dos dados da empresa. No caso de ter os dados criptografados pelo ransomware, é possível recuperar os dados sem a necessidade de pagar o resgate. É importante ressaltar a diferença de armazenamento em nuvem (Google Drive, Dropbox, etc) e backup em nuvem (Profissional e Gerenciado), pois o ransomware também criptografa arquivos armazenados em Google Drive e Dropbox, dependo da forma com que você utiliza estes recursos.

Já o setor de TI pode trabalhar na implementação de ferramentas de monitoramento. Elas avaliam continuamente o estado da infraestrutura de TI para identificar contas comprometidas, conexões pouco seguras e arquivos que possam ter algum tipo de código malicioso.

Outra preocupação, deve ser o treinamento dos usuários. Gestores de TI devem instruir todos os profissionais a identificarem sites maliciosos, a não utilizar pen drives de fontes desconhecidas nos equipamentos da companhia e a terem boas práticas no seu dia a dia. E-mails com anexo, por exemplo, podem ser verificados por ferramentas de segurança e ter a sua veracidade confirmada por telefone ou mensagens de texto com o remetente.

Por fim, filtros de e-mail devem ser criados para impedir o download automático de anexos com arquivos compactados, executáveis e scripts. Esta é uma medida simples, mas que pode diminuir as taxas de danos do ransomware significativamente.

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